Sinduscom Vales

Governança e sucessão na empresa familiar foi tema do encontro no SINDUCOM Vales

Cerca de 40 pessoas prestigiaram, na quinta-feira, dia 27 de abril, um jantar, com palestra exclusiva, promovido pelo Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Leopoldo e da Região dos Vales do Sinos, Caí e Encosta da Serra (SINDUSCOM Vales).

Ao saudar os presentes, o vice-presidente da entidade, engenheiro Ricardo Ramos, destacou a importância, desta aproximação com as associadas, que geram conexões importantes e promovem a integração dos segmentos da construção e do mobiliário. Também apresentou a agenda de atividades da entidade, prevista para os próximos meses.

A palestra foi Governança e Sucessão na Empresa Familiar, ocasião em que teve destaque a sobreposição de papéis e a mistura de assuntos da família com o negócio, que por vezes pode comprometer o sucesso de ambos. O assunto foi abordado pelo sócio fundador da Tondo Consultoria, Paulo Cesar Tondo, mestre em Controladoria, graduado em Administração de Empresas e especialista em Administração da Produção. Com ampla experiência, como consultor empresarial em Gestão de Empresas Familiares e Governança Corporativa, é coautor de livros relacionados a área.

A palestra foi realizada em conjunto com a psiquiatra e coaching Elaine Martin, sócia da Tondo Consultoria, especialista em avaliação de perfil profissional, com especialização em Gestão de Empresas Familiares e Gestão de Negócios.

PROTOCOLO – Segundo o palestrante Paulo Cesar é importante organizar estruturas de governança, visando dar estabilidade diante de cenários de constantes mudanças. Desenvolver e sustentar estruturas de governança; elaborar o protocolo familiar; e planejar a sucessão e a continuidade dos negócios contribuem para que uma empresa familiar passe de uma geração para a outra, com mais serenidade. “Existe um protocolo familiar, que deve ser seguido e organizado, através de regras de relacionamento da família em relação ao negócio e à sociedade”, destaca.

Entre as regras de um protocolo familiar estão: critérios de entrada, permanência e saída de executivos familiares no negócio; remuneração para gestores familiares, bem como para saída da geração sênior da gestão; plano de contingência na ausência temporária ou definitiva daliderança na gestão, igual a liderança interina; além de critérios para a distribuição de lucros.

Para Elaine é fundamental manter o diálogo, pois propicia o alinhamento de ideias entre sócios e familiares; previne ou diminui possíveis conflitos; traz clareza de papéis; comprometimento com o que está sendo regrado, dando um ‘norte’, para situações futuras. Em geral, um processo de sucessão leva em torno de cinco até 10 anos. Cabe lembrar que alguns pontos são importantes para assumir o negócio, entre eles, conhecer a cultura da empresa; ter os mesmos valores e uma visão do todo; além de liderança, somada ao perfil profissional e comportamental.

DEPOIMENTOS – Para a engenheira Patrícia Guidali, integrante da diretoria, o tema em pauta foi muito pertinente, especialmente por já ter vivido essa experiência familiar. Os bons resultados, na sucessão, estão muito ligados as afinidades com o negócio. Nem sempre existe um nível satisfatório de aproveitamento dos conhecimentos e da experiência do fundador. “A empresa do meu pai não seguiu na ativa, mas herdei o seu empreendedorismo, a facilidade de comunicação com as pessoas e a iniciativa de prospectar clientes. Um legado de muito valor, que trago comigo e segue no meu dia a dia”, destacou Patrícia.

José Benk, empresário do comércio de material de construção, em Sapucaia do Sul, leu no jornal a divulgação do evento e manifestou o desejo de participar. “Fiquei muito satisfeito em conhecer mais sobre a entidade e aprofundar aspectos importantes relacionados ao assunto”, afirmou. “Estou vivendo esse momento de transição do negócio com a minha filha e desejo realizar cada etapa com tranquilidade e segurança”. Segundo Benk, o tema é sugestivo e necessário, “pois desapegar e conviver com essa mudança, mesmo estando na ativa, é desafiador”.

Para o palestrante Paulo Cesar, a implantação de estruturas de governança e da organização do protocolo familiar são regras de funcionamento da família em relação ao negócio necessárias, para o alinhamento entre os membros da família empresária. Ambas visam a continuidade e a sustentabilidade das relações e do negócio, assegura o especialista.

Neusa Medeiros
Jornalista – Reg. Profissional nº 5.062

Assessora de Imprensa do SINDUSCOM Vales
Edição 3 – Comunicação Empresarial Ltda.

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